08/01/2013 09:29
Os afagos que a presidente Dilma Rousseff vem fazendo no governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como o almoço na Base Naval de Aratu, em Salvador, no último sábado, serviram para selar a permanência do PSB na base parlamentar do governo no Congresso durante este ano. Mas não conseguiram ainda tirar do também presidentenacional do PSB o compromisso de que ele não disputará a Presidência da República no ano que vem.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, um interlocutor de Eduardo Campos confidenciou que uma coisa é o acordo para evitar ataques ao governo em 2013, outra é a disputa presidencial.
O governador de Pernambuco é visto no meio político como um potencial candidato à Presidência, ou em 2014 ou em 2018, o que preocupa o PT. Correligionários de Campos não escondem que o PSB, partido que mais cresceu proporcionalmente nas eleições municipais do ano passado, tem a pretensão de conquistar a vaga de vice-presidente numa reeleição de Dilma em 2014 como um trampolim político para credenciar Eduardo Campos para um voo solo. Campos vinha fazendo críticas à política econômica do governo Dilma.
Em entrevista no ano passado, o governador disse que a presidente terá de retomar o crescimento econômico de forma urgente no primeiro trimestre. Caso contrário, previu, terá perdido todo o ano de 2013. No final do ano, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou que 2018 será de fato a vez de Campos. E que o PT não lançará candidato. Mas Campos não confia nessa promessa nem acha que os petistas vão desistir de lançar candidato próprio.