Advogado-geral da União diz que é vítima de "fogo amigo"

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse ser vítima de "fogo amigo" após ser fragilizado politicamente pela Operação Porto Seguro da Polícia Federal. Segundo Adams, alguns setores do PT tentam prejudicá-lo, estimulando a exposição de seu nome desde que a presidente Dilma Rousseff o indicou para chefiar a Casa Civil. 

Na investigação da PF, o advogado-geral da União é citado em conversas e e-mails. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Apoiadores de Adams afirmaram que parte do PT busca fragilizá-lo para esconder o esquema de compra de relatórios nas agências reguladoras, o principal foco da investigação. O advogado-geral da União também teria inimigos em sindicatos por ter enfrentado grevistas da PF. 

Adams tinha uma reunião marcada para segunda-feira com a presidente Dilma Rousseff, a quem ele falaria o que pensa sobre o assunto, segundo colaboradores. Na última sexta-feira, o Ministério Público Federal em São Paulo denunciou 24 pessoas investigadas na Operação Porto Seguro, mas o advogado-geral da União não está na lista de indiciados.